O sol da manha rasga o ceu da Amazonia
Eu olho Belem da janela do hotel
As aves que passam fazendo uma zona
Mostrando pra mim que a Amazonia sou eu
E tudo é muito lindo
É branco, é negro, é indio
No rio tiete mora a minha verdade
Sou caipira, sede urbana dos matos
Um caipora que nasceu na cidade
Um curupira de gravata e sapatos
Sem nome e sem dinheiro
Sou mais um brasileiro
Olhando belem enquanto uma canoa desce um rio
E o curumim assite da canoa um boing riscando o vazio
Eu posso acreditar que ainda da pra gente viver numa boa
Os rios da minha aldeia sao maiores do que os de Fernando Pessoa
( e o sol da manha rasga o ceu da Amazonia )
Olhando os meus olhos de verde e floresta
Sentindo na pele o que disse o poeta
Eu olho o futuro e pergunto pra insonia
Sera que o Brasil nunca viu a Amazonia
E vou dormir com isso
Sera que e tao dificil...
Nilsom Chaves e Vital Lima
Já contei que nasci no Rio de Janeiro? Sim, sou carioca da gema (demorei pra entender o que isso significava), mais nesse caso posso me considerar quase uma fraude já que meus pais me colocaram em um avião com 1 mês de vida (minha mãe veio junto, claro), sim, na época nem me deram chance de conhecer a cidade maravilhosa, só o caminho para o aeroporto e além do mais imagino o frio que eu devo ter passado naquele avião, houve uma preocupação geral da galera quanto ao meu estado de saúde, "ta roxa a bichinha"(quem sabe minha relação de amor e ódio com os aviões tenha vindo daí), então acho que mais correto seria dizer sou paraense, santarena, mocoronga (depois explico o que isso quer dizer, mais já adiantando, não é pejorativo).
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Tacacá, comida típica com derivados da mandioca, jambú e camarão, HuUUm |
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Ver-O-Peso, símbolo de Belém por execelência |
Pôr do sol, no rio Tapajos em Sanatrém-Pará |